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Resto da samaumeira será retirado. Espécie será replantada

Começará no próximo dia 22 o processo de retirada
dos restos de tronco e raiz da árvore samauameira, conhecida como “Samauameira
do CAN”. A decisão foi tomada pela diretoria da Festa de Nazaré, responsável
pela administração da praça Santuário, onde a árvore está localizada, após o
recebimento do laudo sobre a saúde do vegetal. 
O laudo sobre a samauameira foi elaborado por
técnicos da Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente (Semma) e da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). A entrega
do documento ocorreu na sede da Semma, durante reunião entre a secretária
municipal de Meio Ambiente, Christiane Ferreira, e o diretor de procissões do
Círio de Nazaré, Antônio Salame. 
Testes 
Além de apresentar a avaliação da saúde do vegetal,
o documento contém os resultados dos testes realizados no período de fevereiro
a abril deste ano; a última avaliação foi no dia 26 de abril. 
“Observando levantamentos e análises realizadas
pelos técnicos da Semma e Ufra na samauameira, ficou consignada a necessidade
da retirada total, o que será feito pela equipe da Semma, a partir do próximo
dia 22”, informa a secretária de Meio Ambiente de Belém. 
A previsão é que o trabalho leve cerca de uma
semana para ser concluído, levando em conta as dimensões da árvore. “A retirada
será realizada inicialmente do restante do tronco que permanece no local e as
raízes serão avaliadas nesse processo, pois devem ter tomado áreas extensas do
subsolo”, detalha o diretor de Áreas Verdes da Semma, Kayan Rossy. 
Relatório 
O relatório sobre a saúde da samauameira começou a
ser construído em fevereiro, após a queda de parte de sua copa, na madrugada do
dia 6. O documento detalha que foram feitas coletas de material vegetal pelos
pesquisadores das duas instituições: a ideia era tentar, em laboratório,
enraizar os ramos coletados, utilizando hormônios vegetais para reprodução
vegetativa (clones). Porém, o experimento não obteve sucesso. 
As novas avaliações constataram que, a despeito de
o vegetal se encontrar vivo, não tem condições de se restabelecer, apresentando
risco iminente de queda de galhos e tombamento, trazendo risco para a população
e para a estrutura que há em volta. 
Além das análises no vegetal, as imagens aéreas
fornecidas pela Semma subsidiaram a decisão dos técnicos. “Com as fotos feitas
por drone foi possível constatar que o caule, tronco da árvore, está
completamente oco e ainda com infiltração. Devido ao período de chuva, o caule
ficou ainda mais fragilizado”, explica o engenheiro agrônomo e professor
da Ufra, Cândido de Oliveira Neto. 
Ele explica que, mesmo que novos ramos se
desenvolvessem, haveria o risco de quebra ou tombamento, sem, portanto,
condições de um desenvolvimento normal da árvore. “Diante da análise de
todos os fatores, avaliamos que o ideal é a retirada do restante da árvore”,
ressalta Cândido. 
Plantio 
Em Belém, de acordo com a Lei Ordinária nº 8.489,
de 29 de dezembro de 2005, é obrigado o plantio de, pelo menos, uma árvore para
cada uma suprimida em terreno ou via pública, em todo o município. 
Além disso, por ser uma espécie tombada, é
necessário que uma nova samaumeira seja plantada na cidade, sempre que uma for
suprimida, conforme a Lei Ordinária nº 7.709, de 18 de maio de 1994. Por estas
razões uma nova árvore da mesma espécie deve ser plantada, após a supressão do
vegetal centenário. 
“Dentre as alternativas apresentadas, entre elas a
do plantio de uma samauameira em um local diferente, a igreja decidiu por
plantar espécie semelhante no mesmo local da árvore analisada. O que será feito
no Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho. Além do plantio, estaremos
realizando o acompanhamento do desenvolvimento da referida espécie, a fim de
que ela cresça saudável”, ressalta a secretária Christiane Ferreira.

Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias 

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