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RIBEIRINHOS EM PORTEL SEM AULA

Em Portel, no arquipélago do Marajó, o início do ano letivo na Educação do Campo ainda não tem dia previsto, comprometendo o futuro de milhares de crianças e jovens ribeirinhos. São mais de dez mil estudantes e mais de duzentas escolas localizadas ao longo dos quatro rios e seus afluentes. As denúncias contra o prefeito Manoel de Oliveira dos Santos, o Manoel Maranhense, e o secretário municipal de Educação Rosivaldo Paranhos, são muitas e graves: precariedade das escolas, falta de merenda escolar e de material pedagógico, clientelismo político na lotação dos trabalhadores da educação e assédio moral.
As comunidades reclamam que a prefeitura fechou várias turmas de EJA (Educação de Jovens e Adultos) e até escolas, sem qualquer justificativa plausível ou consulta ao Conselho Municipal de Educação, além de restringir matrículas na Educação Infantil em inúmeras localidades, deixando crianças fora da escola. Afirmam que muitos barqueiros são obrigados a uma carga horária desumana – das 5h da madrugada até à noite -, com pagamento de valor irrisório pelo aluguel da embarcação.
Por outro lado, o calendário escolar é repleto de sábados letivos, desconsiderando a realidade das comunidades ribeirinhas; a prefeitura não garante as condições necessárias para regularização das escolas, prejudicando os estudantes na certificação de seus estudos; e além da merenda insuficiente e de má qualidade, não cumpre sequer o percentual mínimo de 30% de alimentação escolar oriunda da agricultura familiar. Para completar, o prefeito pôs a família inteira na administração do município.
Fonte: Blog Uruatapera

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